02 mar Dicionário do Vinil
Uma seleção de termos relacionados ao vinil
0~9
33 1/3 rpm – Trinta e três e um terço rotações por minuto. Os primeiros long-playings de vinil, com rotação em 33 1/3 rpm, foram introduzidos em 1948 pela Columbia.
45 rpm – Quarenta e cinco rotações por minuto. Velocidade de rotação típica dos compactos americanos (singles), introduzidos pela RCA Victor em 1949.
No Brasil, tentou-se implantar a velocidade de 45 rpm também para os compactos simples, na década de 1970, por considerar-se que proporcionaria maior qualidade de reprodução do que a velocidade de 33 1/3 rpm. Entretanto, a iniciativa não foi adiante, possivelmente porque com a maior velocidade, o tempo de música por lado teria que ser reduzido. Ou porque a mudança de rotação obrigaria o consumidor a alterar constantemente a rotação no toca-discos.
78 rpm – Setenta e oito rotações por minuto. Velocidade de rotação que acabou por denominar os discos feitos de cera, no tamanho de dez polegadas, que comportavam apenas uma canção em cada face. Em 1903, mediam até 30 centímetros e tocavam por cinco minutos nesta rotação. Em 1949, a invenção de “groovings” variáveis aumentou o tempo por lado para nove minutos.
Foi, praticamente, o único suporte disponível para a reprodução sonora desde o início deste século até os anos 1950, quando a popularização dos LPs (long-playings, introduzidos nos Estados Unidos em 1948) acabou com sua hegemonia.
A
ACETATO – Discos de 14” (para LPs) ou 10” (para Compactos), de alumínio, revestidos com material a base de celulose e produzidos por uma única fábrica no mundo, que produz as marcas Apollo e Transco. Utilizando-se equipamento específico, o áudio de uma fita master é transferido para esses discos, em cuja superfície são impressos os sulcos (grooves), durante o processo chamado de Corte de Acetato (em inglês, Lacquer Cutting). Deles são geradas as matrizes de níquel que serão utilizadas nas prensas hidráulicas. Ver CORTE DE ACETATO. Em inglês, LACQUER.
Nas décadas de 1950, 1960 e 1970, as emissoras de rádio utilizavam acetatos enviados pelas agências de publicidade, que nada mais eram do que cópias únicas feitas em discos de alumínio, para irradiar os jingles e spots dos anunciantes.
AGULHA DE CORTE – A extremidade da cabeça de corte que “entalha” o sulco na superfície dos acetatos.
AIFF – Sufixo de formato de arquivo de áudio.
ALTA FIDELIDADE – A qualidade de uma reprodução em áudio que atinge alto grau de fidelidade ao original, ou seja, resposta de frequência uniforme e taxas mínimas de distorção e de ruídos externos. Em inglês, HIGH-FIDELITY.
Da metade da década de 1950 até os anos 1960, o nome era usado para se referir aos aparelhos que reproduziam discos e fitas magnéticas com o máximo de fidelidade ao som original da música e da voz humana. A idéia fez tanto sucesso à época que chegou a virar marca e assinatura de alguns fabricantes.
ARQUIVO DIGITAL – Meio de armazenagem de áudios por via digital
ÁUDIO 16 BITS – Tipo de áudio comprimido em formato áudio (pronto para ser reproduzido em qualquer CD player).
ÁUDIO 24 BITS – Tipo de áudio comprimido em formato data digital.
AUTORIZAÇÃO AUTORAL – Licença concedida por autor ou editora para que o artista grave uma determinada música.
B
BOLACHA – Simpático apelido dado aos LPs.
C
CABEÇA DE CORTE – Parte do torno de corte que conduz o sinal sonoro para “entalhe” do sulco na superfície do acetato.
CARTONAGEM – Nome genérico dado às caixas de papelão que transportam os discos de vinil.
CIF – (inglês) Cost, Insurance and Freight. Ver PREÇO CIF.
CMYK – Abreviatura do sistema de cores formado por Ciano (Cyan), Magenta (Magenta), Amarelo (Yellow) e Preto (“K” – do inglês key=chave, por ser a cor base).
COMPACTO – Disco de 7 polegadas criado pela RCA e apresentado ao mundo em 14 de fevereiro de 1949, na cidade de Chicago – USA, como o “little record with big hole” (referência ao grande buraco do meio que era característico dos compactos em 45 rpm). Pouco depois da RCA, a Columbia lançou o compacto com rotação de 331/3 rpm. Mas, em janeiro de 1950, RCA e Columbia fecharam um acordo em que a primeira exploraria o formato LP, até então exclusividade da Columbia, enquanto a segunda adotaria o compacto de 45 rpm. No Brasil, o compacto de 33 1/3 rpm, trazido pela Columbia em 1960, acabou por se tornar o padrão (apesar da superior qualidade sonora do 45 rpm), adaptando-se às características do consumidor brasileiro, que exigia mais tempo de música e não precisaria mudar a rotação do seu toca-discos ou ficar tirando e colocando o adaptador central que era necessário para tocar os compatos de 45 rpm. Em 1986, com o advento do Plano Cruzado e a euforia consumista que dele resultou, o compacto deixou de ser fabricado pelas gravadoras. Em inglês, SINGLE.
Durante o seu auge, ficou popularizado nos estúdios um bordão muito interessante cuja criação é atribuída ao produtor e grande frasista Armando Pittigliani: “A verdade é um compacto simples: tem dois lados e um furo no meio!”.
COMPACTO DUPLO – O Compacto com duas faixas de cada lado.
COMPACTO SIMPLES – O Compacto com uma faixa de cada lado.
COPYRIGHT – (inglês) O monopólio temporário de um autor ou titular de direito de autor sobre a obra. Diz-se temporário porque, após a morte do autor, há um período de manutenção deste copyright, normalmente 50 a 70 anos, dependendo do país, findo o qual a obra cai em domínio público. O conceito de copyright – literalmente, “direito de cópia” – pertence à cultura saxônica. No Brasil, alinhado com a cultura européia, prevalece o conceito do chamado direito de autor, que inclui, além do direito patrimonial, o direito moral. Ver COPYRIGHT x DIREITO DE AUTOR.
COPYRIGHT OWNER – (inglês) O dono de um copyright.
CORTE DE ACETATO – Primeiro estágio na produção do vinil, é o processo pelo qual o áudio é transferido para os sulcos do acetato. O processo é feito através de um torno especial, em que uma cabeça de corte, montada com uma agulha de safira, corta os sulcos através de vibração na superfície do acetato, enquanto este gira. O correto é que o aúdio não sofra alterações, mas algumas vezes é necessário que o operador atenue excessos de frequências altas e/ou baixas, ou corrija a fase pela utilização de um equalizador elíptico. Em inglês, LACQUER CUTTING. Ver ACETATO.
CQ – Abreviatura de Controle de Qualidade.
D
Db – Abreviatura de DECIBEL.
DEAD WAX – (inglês) Expressão utilizada para descrever o trecho do disco situado entre a última faixa e o rótulo. Sem som, este setor é utilizado pelo operador do corte, para entalhar, utilizando um estilete de ponta afiada, informações tais como número do disco, nome do operador, data e número do corte, etc.
DECIBEL – Unidade de medida da intensidade do som. Abreviação: Db.
DIRECT METAL MASTERING – (inglês) Tecnologia que permite que o “corte” dos sulcos seja feito diretamente em matrizes de cobre, para serem utulizadas nas prensas. Embora poucos estúdios e fábricas do mundo tenham a tecnologia disponível, ela tem como vantagem a eliminação da etapa do corte do acetato, além de permitir que o áudio tenha mais tempo de duração sem perda de qualidade. Também conhecido por DMM.
DISCO – (1) Suporte musical fabricado em cera ou vinil (discos de 78rpm, long-playings de dez e doze polegadas, compactos simples e duplos) que foi o mais importante meio de reprodução sonora até a metade da década de 1990, quando o Compact Disc, com seu som digital e tamanho reduzido, provocou o seu desaparecimento quase completo.
Mais por costume do que por precisão, a palavra disco ainda continuou sendo largamente utilizada para se referir informalmente a modernos suportes, como os próprios CDs.
(2) (inglês) Forma simplificada para se referir à MÚSICA DE DISCOTECA ou DISCO MUSIC, gênero de música e dança muito popular nas décadas de 1970 e 1980 e nome genérico das casas noturnas, chamadas DISCOTHEQUES, em que ela era tocada. As estrelas máximas do gênero foram Donna Summer e Olivia Newton-John e filmes como “Saturday Night Fever” e “Fame” contribuíram muito para a sua divulgação em todo o mundo.
DMM – Ver DIRECT METAL MASTERING.
DOLBY – Sistema de redução de ruído, usado para atenuar o hiss (chiado) provocado pela fita magnética e os ruídos de forma geral. Trata-se de um compressor/expansor que, na gravação, faz com que os sons mais fracos sejam gravados no mesmo nível dos mais fortes. Com a evolução, foram surgindo vários tipos diferentes de Dolby (tipos A, B, C, NR e SR), mas sua utilização nos dias de hoje é praticamente nula.
DOLBY A – Ver DOLBY.
DOLBY B – Ver DOLBY.
DOLBY C – Ver DOLBY.
DOLBY NR – Ver DOLBY.
DOLBY SR – Ver DOLBY.
DROPOUT – (inglês) Defeito na composição de uma fita magnética digital ou análoga que pode causar a falha de um som gravado ou até o seu completo desaparecimento em um espaço de tempo.
DUBPLATES – (inglês) Discos de vinil, geralmente LPs, de prensagem única, feitos principalmente para DJs. É quase igual ao acetato e usa o mesmo material, mas com uma mistura diferente, que o torna mais resistente ao desgaste da agulha. Com isso, o som se torna diferente, com sensível perda de agudos e qualidade de forma geral, o que causou seu quase total desaparecimento.
E
EDIÇÃO – (1) A cessão de direitos que um autor faz a uma editora sobre sua obra. Em inglês, PUBLISHING.
Ao editar uma música, Autor e Editora assinam um contrato em que a segunda se compromete a administrar a(s) obra(s) do primeiro, mediante o recebimento de um percentual. Esta cessão de direitos, geralmente, é feita pelo tempo de duração do copyright, que, pela legislação brasileira atual, é de setenta anos após a morte do último parceiro. Nos termos dos contratos de edição, “os autores cedem e transferem à editora o direito exclusivo de publicar e/ou autorizar a publicação por terceiros, através de qualquer processo e em qualquer país do mundo, a obra musical ou lítero-musical”.
(2) Remanejamento de trechos de uma gravação, por meios físicos (corte na fita magnética) ou por computador (com o uso de softwares específicos), com o objetivo de retirar ou inserir partes, re-arranjando a música. Em televisão e cinema, significa selecionar e colocar as imagens pré-gravadas na ordem de sua apresentação. Em inglês, EDITING.
No passado recente, o único meio de se editar uma gravação era através do corte da fita magnética, o que se fazia com a ajuda de uma lâmina de corte desmagnetizada, um edit-all (objeto de metal com cerca de 10 centímetros, com uma canaleta da largura da fita, atravessada por rachaduras por onde a lâmina é conduzida para fazer o corte) e splicing tape (espécie de fita adesiva plástica especial para emendas em fitas magnéticas). O operador tinha que achar os pontos exatos do início e do fim do trecho que desejava remanejar, marcá-los com um lápis branco e, só então, cortar a fita.
Hoje, todo esse processo pode ser feito por computador, com muito mais eficiência, uma vez que além do áudio, pode-se utilizar a visualização dos gráficos sonoros para se achar o ponto exato de edição. Os dois sistemas mais conhecidos e utilizados são o Pro-Tools e o Sonic Solutions.
EDIT-ALL – Objeto de metal utilizado na edição de fitas magnéticas. Tem cerca de 10 centímetros, com uma canaleta da largura da fita, atravessada de forma oblíqua por rachaduras por onde uma lâmina desmagnetizada é conduzida para fazer o corte.
EDITING – (inglês) Ver EDIÇÃO.
EDITORA – Pessoa física ou jurídica que, através de um contrato de cessão assinado com o autor, adquire o direito exclusivo de autorizar a publicação da obra nas condições previstas no contrato e receber uma percentagem sobre as quantias geradas com a exploração da obra. A Lei do Direito Autoral no 9610/98, em vigor no Brasil, amplia o conceito para além da música: “A pessoa física ou jurídica à qual se atribui o direito exclusivo de reprodução da obra e o dever de divulgá-la, nos limites previstos no contrato de edição”. Em inglês, PUBLISHER ou PUBLISHING COMPANY. Ver EDIÇÃO e SUB-EDITOR.
Uma editora ativa está sempre procurando por novos autores e composições. Ela pode editar de uma a todas as músicas compostas por um autor e pode adquirir direitos exclusivos sobre a sua obra por um determinado período de tempo. Não é raro encontrar editoras que acertam um salário com alguns autores em troca da exclusividade sobre suas obras já compostas ou não.
ELECTROFORMING – (inglês) Ver GALVANOPLASTIA.
ELECTROPLATING – (inglês) Ver GALVANOPLASTIA.
EP – Extended play. Nome originalmente utilizado para demoninar os discos de vinil de 10 polegadas. Hoje, o termo é utilizado também para projetos de poucas músicas em CDs.
EPS – Sufixo de formato de arquivo de imagem.
EQ – (pronuncia-se “equiu”): Abreviatura de EQUALIZATION. Expressão simplificada comumente usada no exterior para se referir ao ato de EQUALIZAR um som.
EQUALIZAÇÃO – Transformação de um som, por meio de um EQUALIZADOR, aumentando ou diminuindo as frequências em determinadas bandas, para correção de eventuais defeitos ou o simples alcance de um som desejado. O equalizador permite que seu usuário, geralmente o engenheiro de som, exercite o controle sobre a sonoridade dos harmônicos do som, alterando o seu timbre.
Em um estúdio de gravação, os recursos utilizados para equalização podem chegar a verdadeiros extremos de sofisticação, enquanto nos regulares equipamentos de som caseiros eles se limitam a um controle de grave, outro de agudos e, muito raramente, um de médios. Além deles, há a opção do loudness, que não permite o controle de intensidade pelo usuário e consiste na acentuação simultânea de graves e agudos, causando a sensação de mais peso e mais brilho no som.
EQUALIZADOR – Aparelho periférico que executa a equalização. Pode ser EQUALIZADOR GRÁFICO ou EQUALIZADOR PARAMÉTRICO.
EQUALIZADOR GRÁFICO – Em inglês, GRAPHIC EQUALIZER.
EQUALIZADOR PARAMÉTRICO – Também conhecido simplesmente por PARAMÉTRICO.
EQUALIZAR – Ato de executar a equalização.
EQUALIZATION – (inglês) Ver EQ.
EXTENDED PLAY – (inglês) Ver EP e REMIX.
F
FACA – Ver GABARITO.
FADE – (inglês) Nome dado ao movimento de subir (fade in) ou descer (fade out) o volume de um som.
FADE IN – (inglês) Movimento de aumentar o volume de um som progressivamente com uso do fader.
FADE OUT – (inglês) Movimento de baixar o volume de um som progressivamente, até seu completo silêncio, com uso do fader.
FADER – (inglês) Controle deslizante ou giratório que, nas mesas de gravação e mixagem, serve basicamente para o movimento de aumentar (fade in) e baixar (fade out) o volume do som.
FATHER – (inglês) Ver GALVANOPLASTIA.
FIRST NEGATIVE – (inglês) Ver GALVANOPLASTIA.
FOB – (inglês) Free on Board. Ver PREÇO FOB.
FREQUÊNCIA – Tecnicamente, trata-se do número de vezes (a frequência) em que a amplitude de um som repete um ciclo de movimentos positivos e negativos dentro de um período fixo de tempo. O número de ciclos que ocorrem no período de um segundo é medido em Hertz (Hz). Ver RESPOSTA DE FREQUÊNCIA. Em inglês, FREQUENCY.
O conjunto de frequências e de harmônicos resultantes é que provoca o som. A percepção do ouvido humano vai de 20 Hz a 18.000 Hz.
FREQUENCY – (inglês) Ver FREQUÊNCIA.
FTP – Sistema de transferência digital de arquivos por internet.
G
GABARITO – Arquivo com medidas que determinam as áreas de impressão de rótulos, capas e outros materiais gráficos. Também chamado de FACA e TEMPLATE.
GALVA – Abreviação usada no dia a dia para o nome GALVANOPLASTIA.
GALVANOPLASTIA – Processo de transformação do acetato nas matrizes de níquel utilizadas nas prensas hidráulicas. No primeiro processo, são gerados o Original (“Father” ou “First Negative”) e a Madre (“Mother”), que, por sua vez, geram as “Matrizes” (“Stamper” ou “Son”), que são usadas para prensar os produtos de vinil. Em inglês, o processo é chamado de Plating, Electroplating ou Electroforming.
GALVANOPLASTIA COMPLETA – Consiste em se criar uma madre (mother) que poderá gerar inúmeras matrizes e permitir várias tiragens e quantidades. Ver GALVANOPLASTIA.
GALVANOPLASTIA SIMPLES – Consiste na criação de uma única matriz (stamper) para produção de até 600 unidades, em tiragem única. Ver GALVANOPLASTIA.
GAP – (inglês) Ver INTERFAIXA.
GRAMATURA – Peso individual dos discos, que pode variar entre 120 e 180 gramas.
GROOVE – (inglês) Ver SULCO. Termo também usado para se referir positivamente ao balanço, ao suingue de uma canção.
GUIA DE RÓTULO – Formulário usado pelos produtores fonográficos, considerado como a certidão de batismo de um álbum. Apesar dos inúmeros formatos existentes, algumas informações aparecem em quase todos os modelos, como número e título do álbum, formato do produto, data de lançamento, código de barras, nomes das músicas e respectivos autores e editoras, tempos, números de ISRC e ficha técnica. Em inglês, LABEL COPY.
H
HARMÔNICO – Ressonância resultande da emissão de uma ou várias notas musicais que forma o timbre do instrumento ou voz.
HERTZ – Uma unidade de frequência igual a um ciclo por segundo. (Ver FREQUÊNCIA).
HI-FI – Abreviação de HIGH FIDELITY.
HIGH-FIDELITY – (inglês) Ver ALTA FIDELIDADE.
HISS – (inglês) Ver CHIADO.
HUM – (inglês) Ruído constante geralmente causado pela indução elétrica no áudio.
Hz – Abreviatura de HERTZ.
I
INDD – Sufixo de formato de arquivo de imagem.
INPUT – (inglês) Refere-se à ENTRADA de som em todos os equipamentos. Pode ser designado simplesmente por IN. Serve também para designar o ato de entrar com dados em um sistema de computador. Contrário de OUTPUT.
INTERFAIXA – Pausa de tempo entre duas faixas de um álbum. Em inglês, GAP.
K
KHZ – Abreviatura para KILOHERTZ.
KILOHERTZ – Medida de mil hertz. Ver HERTZ.
L
LABEL – (inglês) Rótulo.
LABEL COPY – (inglês) Ver GUIA DE RÓTULO.
LACQUER – (inglês) Ver ACETATO.
LATHE – (inglês) Torno de corte de acetato.
LEFT– (inglês) Forma simplificada de se referir ao canal esquerdo de um som estereofônico.
LIVRO – Ver PASTILHA.
LONG-PLAYING – (inglês) Ver LP.
LOUDNESS – (inglês) Dispositivo encontrado principalmente em equipamentos caseiros que acentua as frequências agudas e graves na audição de uma música. Nos equipamentos mais antigos (bem antigos!), tem o nome de PRESENÇA. Ver EQUALIZAÇÃO.
LOUDSPEAKER – (inglês) Designação americana para caixas acústicas.
LP – Long-Playing. Disco de 10 ou 12 polegadas, fabricado em vinil, cujos sons são gravados nos dois lados, em sulcos, e geralmente reproduzidos a uma velocidade de 331/3 rpm. Em inglês, também é conhecido como VINYL ou PHONOGRAPH RECORD ou simplesmente RECORD.
Introduzido nos Estados Unidos em 1948, em substituição ao antigo 78rpm, que era feito em cera, tornou-se muito popular no mundo inteiro a partir da década de 1950. Foi em 1958 que surgiu o long-play com som estéreo hi-fi, uma verdadeira inovação na época. Na metade da década de 1990, sucumbiu à grande concorrência dos CDs, desaparecendo completamente do mercado. A partir dos anos 2000, a reativação de algumas fábricas em países como EUA, Inglaterra, Alemanha e Brasil causou o aparecimento de um novo público interessado, fazendo com que as vendas cresçam substancialmente ano a ano.
M
MADRE – Ver GALVANOPLASTIA.
MASTER TAPE – (inglês) Ver MASTER.
MASTERING – (inglês) Ver MASTERIZAÇÃO.
MASTERIZAÇÃO – Processo que sucede a mixagem, através do qual se prepara o master final para fabricação dos produtos. Suas etapas, não necessariamente nesta ordem, são a equalização, compressão, acertos de volumes e edição das faixas na ordem do álbum. Em inglês, MASTERING. Ver REMASTERIZAÇÃO.
MATRIZ – (1) Palavra usada por alguns como tradução de master. Ver MASTER. (2) Peça galvanizada em níquel utilizada para prensar os discos de vinil (LP e Compacto). Ver GALVANOPLASTIA.
MÉDIOS – Diz-se das frequências situadas entre as agudas e as graves de um som, que ficam da faixa de 500Hz a 2,5 kHz. (Em inglês, MID FREQUENCY).
MEDIUM – (inglês) Ver MÍDIA.
MEGAHERTZ – Unidade de frequência que equivale a um milhão de Hertz por segundo. Abrevia-se MHz. Emissoras de FM transmitem no intervalo de frequência compreendido entre 88 e 108 MHz.
MHZ – Abreviatura para MEGAHERTZ.
MISTURA – Nome dado ao mix de produtos que formam a massa que irá prensar os discos.
MOLDE – Ver PASTILHA.
MONAURAL – Ver MONO.
MONO – Diz-se quando o som é reproduzido através de un único canal, ainda que em mais de uma caixa separada. Também chamado MONAURAL. Oposto a ESTEREOFÔNICO ou ESTÉREO.
MOTHER – (inglês) Ver GALVANOPLASTIA.
MUTE – (inglês) Mudo. Controle encontrado nos módulos do console de gravacão e mixagem que permite o corte do som. O mesmo controle pode ser encontrado em inúmeros aparelhos domésticos de som.
MUTING – (inglês) Emudecer. (Ver MUTE).
N
NEUMANN – Fábrica de microfones e equipamentos de gravação fundada em Berlim, Alemanha, em 1928. Durante vários anos foi a fabricante dos melhores equipamentos de corte de acetato do mundo.
O
OHMS – Unidade de medida de IMPEDÂNCIA.
ORIGINAL – Ver GALVANOPLASTIA.
OSCILADOR – (1) Aparelho que emite sinais de frequência variados para alinhamento de gravadores, sistemas de monitoração e consoles de gravação e mixagem. (2) Parte do órgão eletrônico responsável pela afinação. Também conhecido por CICLADOR.
OSCILOSCÓPIO – Designação em português para SPECTRUM ANALIZER.
OUT – (inglês) Ver OUTPUT.
OUTBOARD GEAR – (inglês) Ver PERIFÉRICOS.
OUTPUT – (inglês) Refere-se à SAÍDA de som em todos os equipamentos. Também pode ser encontrado simplesmente pelo nome OUT. Contrário de INPUT.
OVERLOAD – (inglês) A distorção que ocorre quando determinado sinal sonoro excede o nível máximo permitido em um equipamento.
P
PAN – (inglês) Ver PAN POT.
PAN POT – Panoramic Potenciometer. Comumente chamado simplesmente pan. No estúdio de gravação, permite a colocação de um sinal sonoro em qualquer ponto entre os canais da direita e da esquerda do estéreo. Mecanismo encontrado nos módulos dos consoles que determina se a reprodução do som daquele canal será feita na eaquerda, direita, ou centro. Há também posições intermediárias. Por isso, é comum referir-se à posição que se quer em analogia com as horas do relógio. Por exemplo: 3 horas – significa que o botão do pan pot deverá estar na posição entre o centro e a ponta direita, o que equivaleria ao ponteiro das 3 horas em um relógio.
PANORAMIC POTENCIOMETER – (inglês) Ver PAN POT.
PANTONE – Cor especial.
PARAMÉTRICO – Ver EQUALIZADOR PARAMÉTRICO.
PARÂMETRO – Qualquer componente de uma regulagem que pode ser alterado. Em um processo de equalização, o conjunto de parâmetros determina o som que se deseja obter.
PASTILHA – Parte da prensa hidráulica responsável pelo encaixe das matrizes e pela passagem de vapor e água fria durante a prensagem. Também conhecida como “LIVRO” ou “MOLDE”.
PATCH BAY – (inglês) Painel onde, por meio de patch cords, se comunicam todas as fontes sonoras de um estúdio de gravação ou mixagem e onde se conectam os vários aparelhos periféricos ao console. Assemelha-se a uma velha mesa de telefonista.
PATCH CORDS – Cabos de comunicação de um patch bay.
PCP – Planejamento e Controle de Produção. Como o nome diz, setor da fábrica responsável por organizar toda a produção, desde o cronograma até a embalagem final.
PDF – Sufixo de formato de arquivo de imagem.
PEÇAS METÁLICAS – Nome genérico dos Originais, Madres e Matrizes gerados na Galvanoplastia.
PELETIZAÇÃO – Processo mecânico de aglomeração de pequenas partículas para formarem grãos, através de calor úmido e pressão.
PELLETS – (inglês) Grãos de mistura de PVC que passaram por processo de peletização para serem utilizados nas prensas.
PERFILAR – Diz-se do ato de preparar as matrizes para as prensas, quando se perfura o centro e moldam-se as bordas na medida exata para que sejam encaixadas nas pastilhas.
PERIFÉRICOS – Nome genérico dado aos equipamentos de efeitos e compressão de um estúdio, utilizados em conexão com a mesa de gravação e mixagem para processamento do som. Em inglês, OUTBOARD GEAR.
Apesar da lógica de que a palavra equivalente a periféricos, na língua inglesa, fosse peripherals, esta só se aplica a equipamentos auxiliares de computadores.
PICK-UP – (1) (Ver TOCA DISCOS); (2) Captadores de guitarras e baixos elétricos.
PICTURE DISC – (inglês) Discos feitos com a inserção de imagem em filmes de PVC especiais e que geram um forte efeito visual.
PLATING – (inglês) Ver GALVANOPLASTIA.
PLUG IN – (inglês) Nome genérico dado aos softwares periféricos das estações de áudio, notadamente o Pro-Tools.
PREÇO CIF – (inglês) Cost, Insurance and Freight. Em uma negociação de venda, determina que o pagamento dos custos de frete e seguro será feito pelo vendedor.
PREÇO FOB – (inglês) Free on Board. Em uma negociação de venda, determina que o pagamento do frete será feito pelo comprador.
PRENSAGEM – (1) Ato de se manufaturar os discos de vinil nas prensas hidráulicas. Em inglês, PRESSING. (2) O número de unidades de produtos fonográficos, sob um mesmo título, manufaturados a cada vez. Equivale às edições de um livro. Por exemplo, um determinado álbum teve uma prensagem inicial de 3.000 cópias e uma segunda prensagem de 9.000 cópias.
PRENSAGEM INICIAL – Ver PRENSAGEM.
PRESET – (inglês) Em sintetizadores, teclados eletrônicos e aparelhos periféricos utilizados em estúdios e espetáculos, são os sons pré-programados ou as regulagens que já vêm propostas de fábrica. Mesmo utilizando esses presets, o usuário, geralmente, modifica alguns parâmetros ao seu gosto pessoal.
PRESSING – (inglês) Ver PRENSAGEM.
PUBLISHING – (inglês) Ver EDIÇÃO.
PVC – Ver VINIL.
PVC TERMO-ENCOLHÍVEL – Plástico especial usado para revestir (“shrinkar”) as capas de LPS e Compactos.
R
RACK – (inglês). Estante onde são instalados os aparelhos periféricos de um estúdio, de um músico ou os equipamentos domésticos de áudio.
REBARBA – Material resultante do corte das bordas dos LPs e Compactos, após prensados.
RECORD – Ver ÁLBUM. Ver PLAY.
RECORD CUTTING LATHE – (inglês) O torno onde se corta o acetato.
REJECTION RATE – (inglês) Medida de perda de material durante a produção nas prensas.
REMASTERING – (inglês) Ver REMASTERIZAÇÃO.
REMASTERIZAÇÃO – Processo de masterização aplicado em produtos de catálogo que são repostos no mercado, normalmente para atualizar a qualidade sonora.
RESPOSTA DE FREQUÊNCIA – A área situada entre o ponto mais alto e o mais baixo da escala de frequências em que um equalizador, microfone ou amplificador atua. Como exemplo, a resposta de frequência de um microfone geralmente fica entre 100Hz e 20.000 Hz. Em inglês, FREQUENCY RESPONSE.
RESSONÂNCIA – (1) Em termos absolutamente técnicos, é a oscilação de amplitudes crescentes que resulta do choque de duas freqüências sonoras. Neste sentido, a microfonia é uma espécie de ressonância. (2) Em acústica, é a reflexão das ondas sonoras em um ambiente ou objeto.
RIAA – Recording Industry Association of America. Fundada em 1952 com a proposta de incrementar os negócios da música e zelar pelos interesses da indústria fonográfica (gravadoras) nos Estados Unidos. Entre suas atribuições está a de certificar as vendagens que mereceram discos de ouro e platina e a de lutar contra a pirataria fonográfica. Desempenha o mesmo papel que a Associação Brasileira de Produtores de Discos – ABPD faz no Brasil.
RIGHT – (inglês) (1) Forma simplificada de se referir ao canal direito de um som estereofônico. (2) Forma simplificada de se referir aos direitos autorais (origem em copyright).
RPM – (inglês) Revolutions per minute ou Rounds per minute. O número de rotações que um disco faz no prato do toca-discos a cada intervalo de um minuto. As velocidades nas quais os discos podem ser tocados são 33 1/3, 45 e 78rpm.
RTA – Ver SPECTRUM ANALYZER.
S
SAMPLE – (inglês) Nome dado a qualquer som copiado de música gravada, transmissão de TV, filme, rádio, concertos ao vivo ou de qualquer outra fonte sonora.
SAMPLE RATE – (inglês) Amostragem de frequência em uma gravação digital. Mal-comparando, é o equivalente à velocidade de uma máquina de gravação análoga em um gravador digital.
SAMPLEAR – Forma abrasileirada de se referir ao ato de sampling.
SAMPLING – (inglês) É o processo através do qual se extraem digitalmente pedaços de uma gravação sonora já existente para incorporá-la a uma outra gravação, modificando-a ou não.
SATURAÇÃO – O ato de exceder o nível de volume máximo de uma gravação, causando a distorção. Ver OVERLOAD.
SCRATCH – (inglês) Sons extraídos das pickups pelos DJs ao mover manualmente os discos para trás e para a frente.
SHRINK – (inglês) Plástico termo-encolhível que envolve e protege as capas de discos de vinil.
SIBILANCE – (inglês) Ver SIBILÂNCIA.
SIBILÂNCIA – Efeito indesejável causado pelo excesso de frequências altas na gravação de certos sons, especialmente em alguns fonemas emitidos pela voz humana. O De-Esser é um dos equipamentos periféricos mais utilizados em estúdios para atenuar este tipo de problema. Em inglês, SIBILANCE.
SIBILAR – O ato de provocar SIBILÂNCIA.
SIDE – (inglês) Termo usado na Europa e Estados Unidos para designar faixas que são incluídas em singles comerciais de artistas, principalmente da área pop/rock.
SINGLE – (inglês) Ver COMPACTO. O termo também é empregado para se referir à música de trabalho de um artista.
SON – (inglês) Ver GALVANOPLASTIA.
SPACER – (inglês) Pequenos círculos de plástico que separam os acetatos quando acondicionados em caixas, para que suas superfícies não se toquem.
SPECTRUM ANALYZER – (inglês) Aparelho comumente utilizado em estúdios de gravação para a “leitura”do espectro das frequências presentes em uma gravação ou na sala do estúdio. Através de sua análise, o engenheiro de som tem uma ideia mais ampla, além da auditiva, de como a música está soando aos ouvidos. Normalmente situado acima e ao centro do console de gravação, apresenta, em geral, um aspecto bastante divertido, com as luzes (Leds) indicadoras de frequências realizando um verdadeiro balé em sincronismo com a música. Alguns engenheiros americanos chamam o equipamento de RTA, significando Real Time Analyzer.
STAMPER – (inglês) Matriz de niquel usada para prensar discos de vinil. Resulta da madre (“mother”) que, por sua vez, foi gerada a partir do original (“father”). Ver GALVANOPLASTIA.
STEREO – (inglês) Ver ESTEREOFÔNICO ou ESTÉREO.
STEREOPHONIC – (inglês) Ver ESTEREOFÔNICO ou ESTÉREO.
STICKER – (inglês) Adesivo.
STYLUS – (inglês) Ver AGULHA DE CORTE.
SULCO – A fissura entalhada no disco, em formato espiral, que permite a reprodução do som pelo atrito com a agulha. Em inglês, GROOVE.
Teste: Quantos sulcos existem em um LP de 12”, prensado em 33 1/3 rpm? Resposta: Dois – um sulco contínuo em cada lado!
T
TEMPLATE – (inglês) Ver GABARITO.
TEST PRESSING – (inglês) Ver TESTE DE PRENSAGEM.
TESTE DE PRENSAGEM – Tiragem limitada de até 20 unidades que algumas fábricas prensam antes de iniciar a produção de LPs e Compactos, com o objetivo de verificar a qualidade. Em inglês, PRESSING TEST.
TIRAR DE FASE – Ver FASE.
TOCA-DISCOS – Equipamento para reprodução de discos de cera ou vinil em suas várias versões: 78rpm, LP de 10” e 12” e compactos simples ou duplos. Também conhecido pelos nomes de ELETROLA, VITROLA, PICK-UP e TURNTABLE. Sua primeira versão, utilizada para reproduzir os discos de 78rpm, foi o GRAMOFONE.
TURNTABLE – (inglês) Ver TOCA-DISCOS.
V
VINIL – A palavra tem sua origem no principal material que compõe a mistura que fabrica o disco, o cloreto de polivinila (também policloreto de vinila), mais conhecido pelo acrônimo PVC (da sua designação em inglês Polyvinyl chloride). Em inglês, VINYL.
VINIL VIRGEM – Designa que a mistura utilizada numa determinada prensagem não teve adição de rebarba.
VINYL – (inglês) Ver VINIL.
VITROLA – Ver TOCA-DISCOS.
VU – Volume Unit. Medidor de volume. Pode ser analógico (formado por um ponteiro e uma graduação em decibéis) ou digital (com luzes led).
VU METER – Ver VU.
W
WAV – Sufixo de formato de arquivo de áudio.
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